segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Lucio Costa e o Antigo Ministério da Educação e Saúde

Pessoal,
Para que a gente vá se preparando para a viagem do Rio aqui tem um vídeo com o depoimento do Lucio Costa sobre o Palácio Gustavo Capanema.

Resolvi postar sobre ele porque quando estava na escola usava um livro da Graça Proença para estudar História da Arte, era de certa forma didático e quando chegava no finzinho do livro falava sobre a arquitetura moderna brasileira e uma das imagens era do antigo Ministério da Educação e Cultura, quando a autora se referia a influência de Le Corbusier no Brasil. A imagem ficou guardada e sempre gostei muito desse projeto, vai ser muito bom poder finalmente vê-lo de perto.

Assim, estou mandando também algumas imagens com as páginas desse livro, onde ela inclusive fala do Warchavchik, e não se refere a ele como primeiro a realizar uma obra modernista no Brasil, considerando ser talvez do arquiteto Victor Dubugras a primeira obra. Enfim, é mais uma opinião para conhecermos.

No vídeo, chamo a atenção para o momento em que é narrado o depoimento de Lucio Costa sobre a sua insistência em trazer Le Corbusier e os problemas que enfrentou devido ao fato de que Piacentini veio ao país um ano antes, contratado pelo governo para ajudar na implantação da cidade universitária. Até que Getúlio Vargas "cede seu capricho" e Le Corbusier é convidado. Além disso, há uma parte em que o arquiteto ressalta o apoio e a importância do Ministro Gustavo Capanema e fala também sobre o trabalho com Niemeyer.
No mais, garanto que vale muito a pena assistir o vídeo todo com o próprio Lucio Costa falando a respeito da obra.

Sobre Lucio Costa, que admiro muito, tem um site "Casa de Lucio Costa" onde podemos encontrar muitas informações sobre o seu trabalho. Entrando na parte "acervo", em seguida "vídeos", estará lá esse mesmo que estou postando, sem legendas e com a imagem um pouquinho melhor, bem como outros também muito interessantes.







Wladimiro Acosta



Estive pesquisando sobre Warchavchik e encontrei muitos assuntos que o envolviam. Um destes, que me chamou a atenção, é a questão dos arquitetos exilados, entre eles Wladimirio Acosta.


Wladimiro Acosta e Warchavchik eram companheiros de juventude, ambos nascidos em Odessa. Um migrou para Buenos Aires, outro, para o Brasil. Ambos ganharam notoriedade como arquitetos. Reparem nas diferenças e semelhanças das arquiteturas.



Projeto de Warchavchik

Projeto Wladimiro Acosta





A Anat já escreveu alguns artigos sobre este tema... para maior aprofudamento, os links do artigo são:

http://periodicos.uesb.br/index.php/politeia/article/viewFile/563/560

http://www.arcoweb.com.br/artigos/anat-falbel-as-vicissitudes-19-03-2009.html

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Curtume Cantúsio


Na terça-feira saiu no jornal Metro, que é distribuído gratuitamente na cidade, uma pequena reportagem falando do Curtume Cantúsio, o qual a professora Silvana citou na última aula.
A reportagem fala que existe um projeto de
revitalização da obra e que no local serão construídas casas e um provável shopping.
Acho incrível como transformam algo histórico em comercial. A área deveria ser destinada a um museu ou coisa do tipo e não a um centro de compras onde os visitantes dão pouca atenção à edificação que os cobrem.
O prédio foi construído em 1911 e fica situado na Vila Industrial, em Campinas. Atualmente parte dele é tombada pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Campinas).

Abaixo segue a reportagem.





terça-feira, 18 de outubro de 2011

Para entender o Ecletismo Arquitetônico

Pessoal, como eu não sabia muito bem do que se tratava o ecletismo, resolvi fazer uma pesquisa e achei esse artigo que explica bem o que é !
Espero que seja útil para pessoas que, assim como eu, não são muito boas em entender essas coisas !

Ecletismo

Definição

O termo ecletismo denota a combinação de diferentes estilos históricos em uma única obra sem com isso produzir novo estilo. Tal método baseia-se na convicção de que a beleza ou a perfeição pode ser alcançada mediante a seleção e combinação das melhores qualidades das obras dos grandes mestres. Além disso, pode designar um movimento mais específico relativo a uma corrente arquitetônica do século XIX.

O uso do termo como conceito é introduzido na historiografia da arte no século XVIII pelo teórico alemão Johann Joachim Winckelmann (1717 - 1768) para designar uma espécie de sincretismo consciente identificado na produção de artistas como os Carracci e seus seguidores, em atividade no norte da Itália no fim do século XVI. Seu projeto artístico caracteriza-se pela junção harmônica das excelências de seus predecessores em uma obra singular. Tendo como base as idéias de Winckelmann, o termo passa a ser utilizado sobretudo em sentido pejorativo como sinônimo de falta de personalidade e originalidade. No século XX o conceito de ecletismo perde algo da conotação negativa que o acompanha, e é usado para indicar fases ou fenômenos sincréticos em culturas de diferentes períodos ou regiões. Desde a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) tende-se a admitir o ecletismo como procedimento válido na atividade criativa.

Como movimento artístico, o ecletismo ocorre na arquitetura no século XIX. Por volta de 1840, na França, em reação à hegemonia do estilo greco-romano os arquitetos começam a propor a retomada de outros modelos históricos como, por exemplo, o gótico e o românico. O principal teórico do ecletismo arquitetônico é o francês César Denis Daly (1811 - 1893), que o entende como "o uso livre do passado". Não se trata de uma atitude de simples copista, mas da habilidade de combinar as características superiores desses estilos em construções que satisfaçam a demandas da época por todo tipo de edificação. Na segunda metade do século XIX, o ecletismo tem forte presença na Europa. O estilo Segundo Império ou Napoleão III, na França, é caracterizado pela realização de importantes edifícios ecléticos, como o Teatro Ópera de Paris, projetado por Charles Garnier (1825 - 1898).

O ecletismo arquitetônico difunde-se também pelas Américas, marcando as construções do mundo novo. No Brasil, no período de transição para o século XX, o ecletismo é a corrente dominante na arquitetura e nos planos de reurbanização das grandes cidades, como o realizado no Rio de Janeiro pelo engenheiro Francisco Pereira Passos (1836 - 1913). Prefeito da então capital federal, de 1902 a 1906, Passos empreende a reforma urbanística que derruba antigas construções do período colonial para abrir a moderna avenida Central, atual avenida Rio Branco, e a avenida Beira-Mar, expandindo a cidade em direção à zona sul. Na primeira encontram-se ainda hoje os maiores exemplares da arquitetura eclética no Brasil, como a Escola e Museu Nacional de Belas Artes - MNBA(1908), obra de Adolfo Morales de Los Rios (1858 - 1928), cuja faustosidade e pluralidade de estilos remetem às construções francesas ecléticas, no caso diretamente à fachada do Louvre. O Theatro Municipal, projetado por Francisco de Oliveira Passos e edificado na avenida Central, entre 1903 e 1909, é claramente inspirado no Ópera de Paris e aparece como o maior símbolo do ecletismo no Brasil. Destaca-se também na época a atuação do engenheiro militar Souza Aguiar, responsável pelo projeto da Biblioteca Nacional (1910) na mesma avenida, e de Heitor de Mello, em atividade no Rio de Janeiro de 1898 a 1920, autor de diversos projetos de edifícios públicos e residências particulares, como o Derby Clube (1914) e o prédio da prefeitura (1920), na praça Floriano.

Em São Paulo, cidade muito mais acanhada do que o Rio de Janeiro no fim do século XIX, o primeiro monumento marcante do novo movimento arquitetônico é o Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), projetado pelo arquiteto italiano Tommazio Bezzi e construído entre 1882 e 1885. Em comparação ao estilo desenvolvido no Rio, o ecletismo classicizante paulista assume traços peculiares de influência italiana e mais diversidade de modelos e estilos históricos. No caso da habitação particular, fala-se de um verdadeiro ecletismo desordenado, no qual o exótico e o bizarro tornam-se moda na casa dos novos imigrantes ricos e dos prósperos fazendeiros de café que dominam a recém-construída avenida Paulista (1891). Certo é que a expansão e a modernização da cidade se dão sob o signo do ecletismo, realçando a atuação do engenheiro-arquiteto Ramos de Azevedo (1851 - 1928), responsável por inúmeros prédios públicos, entre eles a Escola Normal Caetano de Campos (1894), na praça da República, o Theatro Municipal (1903 - 1911) e o edifício do Liceu de Artes e Ofícios, atual sede da Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp (1897 - 1900), no bairro da Luz. Quase todas as capitais brasileiras em expansão no início do século XX são atingidas pelo ecletismo arquitetônico, destacando-se a construção do Teatro Amazonas, em Manaus, e o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.



Fonte:http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=357


sexta-feira, 14 de outubro de 2011


Requalificação do Bairro Amarelo, Berlim

Em uma das palestras da SAU, o arquiteto Francisco Fanucci comentou sobre a intervenção feita no Bairro Amarelo, na Berlim oriental. Em uma visita ao bairro, ele se lembra de ver todos aqueles edifícios iguais, da mesma cor e se pergunta: como um morador que "bebeu demais" conseguiria distinguir sua casa das outras? A identidade de cada conjunto foi o que norteou o projeto do escritório Brasil Arquitetura.
Essa intervenção tem um importante papel ao ao lidar com as construções da URSS com os olhos e funções de hoje em dia.


"O CONCURSO"

A queda do Muro de Berlim, além de todas as consequências já conhecidas e vividas pelos alemães, abriu no campo da arquitetura uma frente de trabalho de grandes proporções e sui generis: a recuperação dos conjuntos residenciais construídos em concreto pré-fabricado dos anos 60 aos anos 80, marca registrada do comunismo soviético.
Essa arquitetura, ainda que de boa qualidade de construção e de materiais se comparada com as habitações sociais do Brasil, é extremamente pobre, visualmente "feia" e repetitiva ao infinito. É um mar cinzento de edifícios que começa em Berlim e se alastra pela planície central até Moscou, alcançando nesse caminho a Polônia, a antiga Tchecoslováquia, a Hungria etc.
Todos esses países adotaram o mesmo sistema construtivo que espelha a burocracia arquitetônica.
Começando por Berlim, vários arquitetos são chamados, através de convites ou concursos internacionais (como foi o nosso caso), para se debruçar sobre essenovo tema/problema, qual seja: humanizar, recaracterizar, criar unidades

de vizinhança distintas umas das outras, dar personalidade a cada grupamento de habitantes, no sentido de fixar a população e evitar o êxodo.
A escolha do nosso projeto seguiu-se ao debate de três projetos finalistas (com representantes da população, técnicos e engenheiros responsáveis pela construção do bairro, além de representantes do Senado berlinense) e foi definida por um corpo de jurados internacional.
Procuramos dar caráter e identidade própria àquele pedaço de Berlim através de um conceito unificador, aglutinando elementos da arquitetura latino-americana e, mais especificamente, brasileira.
O grande desafio para os arquitetos, a nosso ver, é introduzir novos elementos, criar novos contextos, trazer a riqueza cultural e espacial sem violentar aquilo que representou o esforço de muitos para resolver um dos mais graves problemas da humanidade: a falta de moradia. Encarar a questão com decisão e delicadeza foi a nossa arma."
Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz






Bairro Amarelo : Antes e depois



Desenhos de tribos brasileiras formam painéis no Bairro.



Fachada do edifício com cor para dar identidade.



Espaço de convivência.





Fernanda


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Weißenhofsiedlung


O Bairro Weissenhof foi construído em Stuttgart, na Alemanha, como exposição para o Deutscher Werkbund.

A exposição aconteceu em 1927, e nela procurava-se mostrar a nova maneira de morar, a nova habitação ("Die Wohnung" significa "a moradia"), que considerava as necessidades modernas.

Com direção artística de Ludwig Mies van der Rohe, o bairro contava com 17 arquitetos: Le Corbusier, Walter Gropius, Peter Behrens, Bruno Taut, Max Taut, entre outros.

Todos eles estavam empenhados em projetar a nova habitação, que teria espaços interiores flexíveis, planta livre, partições móveis, etc. Cada arquiteto colocou em seu projeto inclusive o mobiliário correspondente a essa nova forma de morar. No geral, as casas continham terraços-jardim, janelas em fita, e assim constituíam uma unidade.

Além disso, uma característica comum a todas as casas desse bairro é a cor de cada uma: o branco. Talvez seja dessa característica que tenha surgido a ideia do nome do bairro: "weiss", em alemão, significa "branco".

O bairro Weissenhoff foi parcialmente destruído durante a Segunda Guerra Mundial, e foi no aniversário de 75 anos daquela exibição do Werkbund, que o lugar recebeu mais atenção;

Em 2002, a cidade de Stuttgart adquiriu as casas de Le Corbusier para instalar o museu (http://www.stuttgart.de/weissenhof/).



domingo, 2 de outubro de 2011

Todos os prédios de Nova Iorque

  Bom, sei que não tem muito a ver com a aula, mas como estamos com essa semana de folga em função da SAU, mando aqui um link de um site do ilustrador australiano James Gulliver Hancock, em que este se propõe a retratar todos os prédios de Nova Iorque.
  Se formos na seção maps, dá p clicar nos pontos e ver o desenho dos prédios que ele já fez.
  É interessante ver o desenho como arte do ilustrador e a forma como ele faz as devidas diferenciações nas arquiteturas do prédios.

http://allthebuildingsinnewyork.blogspot.com/