domingo, 27 de novembro de 2011

Aterro do Flamengo




O parque do Flamengo teve suas obras iniciadas em 1961, localizado na orla da baía de Guanabara. O projeto urbanístico e arquitetônico foi realizado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, e o projeto paisagístico, por Roberto Burle Marx. O aterro é feito com
material proveniente do desmonte do morro de Santo Antônio.O aterro do Flamengo foi uma iniciativa que visava resolver o problema viário do Rio de Janeiro, que se intensificou entre 1950 e 1960.
Nessa época, tivemos a participação de Reidy em vários projetos de urbanização. O aterro do Flamengo está entre uma das principais realizações de Reidy na cidade. Ele também teve participação no projeto do MAM/RJ, sendo responsável pela passarela em frente ao museu, pelo coreto e pelo pavilhão de jogos.
Além do projeto de Reidy, no aterro também podem
os encontrar um dos projetos paisagísticos mais importantes de Burle Marx, como na praça Salgado Filho, onde po
demos observar as pedras mesclando com o gramado nos pisos e a sinuosidade dos canteiros. Podemos comparar esse projeto com a dos jardins
na proximidade do MAM, que apresentam um perfil diferente: traçado quadrangular com linhas retas e canteiros ortogonais.


Podemos dizer que o aterro se apresenta como um intermediário entre o urbano e o natural da cidade, pois é um local próximo ao centro mas grudado ao mar, possibilitando uma vista agradável a quem passa.







sábado, 19 de novembro de 2011

Explicação necessária- Niemeyer sobre o Museu de Arte Contemporânea


"Como é fácil explicar este projeto!
Lembro quando fui ver o local. O mar, as montanhas do Rio, uma paisagem magnífica que eu devia preservar.
E subi com o edifício, adotando a forma circular que, a meu ver, o espaço requeria.
O estudo estava pronto, e uma rampa levando os visitantes ao museu completou o meu projeto. "

Oscar Niemeyer (2


Como já foi discutido e comentado na viagem, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói impressiona pela sua implantação na paisagem, de forma muito sensível e pelo arrojo dos seus traços. Achei interessante essa frase que estava no site do museu e também colocar alguns croquis.006)




















Lucas Gabriel

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

#1

COPROMO (Osasco, 1992)

Habitacional Autogerido.







#2

PARQUE CECAP (Guarulhos _ 1967)

Com projeto de Artigas, Paulo Mendes da Rocha e Fábio Penteado, o conjunto habitacional Zezinho Magalhães Padro, o Parque CECAP, foi produzido para servir como exemplo de política urbana estadual.
O projeto retoma soluções adotadas em habitações das décadas de 1930, 1940 e 1950, mas sua grande contribuição é a presença da planta livre que permitia, portanto, que cada família organizasse o apartamento da maneira mais conveniente. O projeto urbanístico do Parque CECAP é orientado pelo conceito de freguesia, na qual cada freguesia contaria com um conjunto de edifícios e equipamentos urbanos.
Anne.












#3

PEDREGULHO (1947_projeto)
A peça-chave do conjunto, o grande edifício serpenteado, consegue driblar o declive do terreno com o uso de pilotis e passarelas de acesso. Os blocos destinados a habitação também dialogam com o projeto para os edifícios de Lucio Costa para o Parque Guinle. Há também espaços comuns destinados a educação, lazer e esporte, assim como uma lavanderia comunitária.>
Anne.

domingo, 6 de novembro de 2011

Da Saga Mulheres Importantes : Um pouco mais sobre Olivia Guedes Penteado

D. Olívia Guedes Penteado nasceu em Campinas, no Largo da Matriz Velha, em 12 de março de 1872. Era filha dos Barões de Pìrapitingüy, José Guedes de Souza, poderoso fazendeiro de café no Município de Mogi-Mirim, e de Dona Carolina Leopoldina de Almeida e Souza. Dona Olívia passou a infância na propriedade paterna, na Fazenda da Barra, em Mogi-Mirim, tendo estudado em casa com professores particulares e, durante algum tempo, no Colégio Bojanas. Aos desesseis anos, já em São Paulo, casou-se com seu primo, Ignácio Penteado, que acabara de regressar da Europa, onde permanecera por vários anos em viagens de lazer e estudo.


Em 1898, um requintado jantar foi oferecido para inalgurar a nova e refinada residência do casal na rua Duque de Caxias (atual avenida), esquina com Conselheiro Nébias, no elegante bairro de Campos Elíseos (o palacete foi demolido em 1947, para a ampliação da av. Duque de Caxias, promovida prefeito Prestes Maia, no terreno ergueu-se o portentoso edifício do Hotel Comodoro, um dos marcos da verticalização da metrópole paulistana.).

Eclético, cujas linhas basearam-se no Risorgimento italiano, o palacete foi projetado por Ramos de Azevedo. Nas obras que se iniciaram em 1895, foram empregados materiais importados, especialmente da Itália, de onde também trouxeram a austera cúpula que arrematava o corpo semi-hexagonal voltado para a confluência das citadas ruas. Segundo a historiadora Dra. Maria Cecília Naclério Homem, Yan de Almeida Prado comparava-o ao Palácio Pallavicini de Gênova, pois fora construído no alinhamento das vias; ou seja, sem jardins fronteiriços.
Olívia Penteado recebia convidados às terças-feiras em saraus em que tocava harpa. Após o falecimento de seu marido, em 1913, também dá início a recepções em sua residência de Paris, onde recebia brasileiros, artistas, intelectuais e diplomatas franceses.
Em fevereiro de 1922, D. Olívia morava em Paris, e foi lá que conheceu Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Villa-Lobos entre outros, que viajaram para aquela cidade logo após a Semana de Arte Moderna. No seu retorno a São Paulo em 1923, D. Olívia trazia consigo obras de Picasso, Foujita, Léger, Marie Laurencin, e passou a ocupar posição central no ambiente cultural de São Paulo.

Era conhecida como a "madrinha dos artistas", a "protetora das artes", a "mãe dos paulistas" e recebeu dos modernistas o carinhoso apelido de "Nossa Senhora do Brasil".

Para acolher os seus amigos modernistas Dona Olívia criou, em 1925, um ambiente especial ,"A Galeria de Arte Moderna", chamando Warchavchik para projetá-la e Lasar Segall para pintá-la. A galeria, conhecida como "pavilhão modernista" era decorada com móveis e objetos modernos, e quadros de Picasso, Leger, Tarsila, e esculturas de Brancusi e Brecheret. Lá os artistas e intelectuais se reuniam, eram acolhidos e apresentavam suas poesias, suas músicas e seus projetos.

A proteção de Dona Olívia estendia-se também a outros setores: social, no qual apoiava a Cruzada Pró-Infância; econômico, onde incentivava a compra de produtos nacionais para a sua fazenda (mesmo que custassem mais caro), e político, articulando e patrocinando a candidatura de Carlota Pereira de Queiroz, a primeira mulher brasileira a ser deputada federal.

Dona Olívia ingressou no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo no dia 6 de maio de 1932, poucos dias antes de eclodir a Revolução Constitucionalista, na qual participou ativamente.

Morreu de apendicite no dia 9 de junho de 1934, na cidade de São Paulo, e foi sepultada no Cemitério da Consolação, sendo seu túmulo ornamentado com a escultura intitulada O Sepultamento, feita por Victor Brecheret.



Bibliografia: