
Fachada da habitação

Fachada para o Jardim
Em 1925, A Werkbund Alemã, apoiada pela cidade de Estugarda, começou a planejar uma exposição de construção moderna. Mies foi incumbido da direção artística de toda a exposição. A sua primeira tarefa foi o projeto de uma nova urbanização para habitação, concebida como uma série de edifícios baixos, de forma cúbica, envolvendo e arranjando em socalcos a colina na qual deveriam ser construídos. Um primeiro modelo de barro do esquema mostra uma composição orgânica de pequenos edifícios, separados por terraços comuns. Apesar de muitas revisões, a urbanização apresentada ao público em 1927 como Weissenhofsiedlung conservou muito do projeto original. Devido à pura forma geométrica, às coberturas planas e ao aspecto geral branco, os adversários ridicularizaram-na chamando-lhe “Cidade árabe” e “Quartéis Bolchevistas”.

Planta da Unidade
Mies também compilou a lista de arquitetos convidados a participar no projeto, entre eles representantes internacionais do Neue Bauen, como Walter Gropius, os irmãos Taut, Le Corbusier, Mart Stam e J.J.P. Oud, Hans Scharoun, Ludwig Hilberseimer, Josef Frank e, como convidados de honra, precursores da época moderna, Hans Poelzig e Peter Behrens. O bloco de apartamentos de Mies era o edifício mais proeminente da urbanização, localizado na parte mais alta da colina. Na construção do bloco, comprido e estreito, foi utilizada uma estrutura em aço, independente das paredes divisórias interiores. Cada unidade podia dividir-se em vários tamanhos e as divisórias podiam ser acrescentadas ou retiradas. As paredes foram construídas com blocos de cimento. Entre outras peças concebidas por Mies para um dos apartamentos-modelo, a célebre cadeira “cantilever” tornar-se-ia um clássico do moderno design de mobiliário.

Cadeira MR

Vista interna da habitação
Uma das componentes separadas da exposição da Werkbund – a Exposição de Materiais – teve lugar no centro da cidade e expôs acessórios modernos e mobiliário, assim como eletrodomésticos. Entre várias exposições individuais, projetadas com a colaboradora Lilly Reich, a Sala de Vidro de Mies foi talvez a mais surpreendente. Numa instalação residencial que incluía o foyer de entrada, o jardim de Inverno, a sala de estar, o estúdio e a biblioteca, foi colocado mobiliário simples e convencional encostado às paredes divisórias de vidro colorido a toda a altura – uma novidade. O teto de tecido esticado era iluminado por cima, produzindo um campo luminoso sobre o conjunto. Um elemento adicional era constituído por um compartimento de vidro que continha uma escultura da autoria de Wilhelm Lehmbruck. A combinação de elementos habituais e pouco habituais sugere a concepção de Mies e Reich da promessa de uma nova arquitetura: a combinação de novos matérias, de novas técnicas de construção e de necessidades tradicionais.
Embora a exposição da Werkbund tivesse durado apenas três meses, chamou a atenção de meio milhão de visitantes de todo o mundo e preparou o caminho para a entrada de Mies na cena internacional, como administrador e como pioneiro e teórico da arquitetura vanguardista. A exposição também alimentou os protestos da direita que se tornariam cada vez mais militantes nos anos seguintes.

Esboço a lápis da propriedade

Vista da propriedade
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