Blog da disciplina História da Arquitetura e do Urbanismo IV - Ministrada pela professora Dra. Silvana Rubino. PED - Adriana Coimbra
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Micrometragem Historicidade
Esse é um vídeo que fiz para um concurso de micrometragem, que apesar de não ter muito sentido com nossa matéria é muito interessante. Foi feito com a ajuda da profa. Silvana, e acho uma reflexão muito interessante para nós arquitetos, principalmente os moradores de Campinas =D
http://www.youtube.com/watch?v=BQ2rH4PNik8
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Aterro do Flamengo

sábado, 19 de novembro de 2011
Explicação necessária- Niemeyer sobre o Museu de Arte Contemporânea

"Como é fácil explicar este projeto!
Lembro quando fui ver o local. O mar, as montanhas do Rio, uma paisagem magnífica que eu devia preservar.
E subi com o edifício, adotando a forma circular que, a meu ver, o espaço requeria.
O estudo estava pronto, e uma rampa levando os visitantes ao museu completou o meu projeto. "
Oscar Niemeyer (2
Como já foi discutido e comentado na viagem, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói impressiona pela sua implantação na paisagem, de forma muito sensível e pelo arrojo dos seus traços. Achei interessante essa frase que estava no site do museu e também colocar alguns croquis.006)
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
#2

#3

domingo, 6 de novembro de 2011
Da Saga Mulheres Importantes : Um pouco mais sobre Olivia Guedes Penteado


Olívia Penteado recebia convidados às terças-feiras em saraus em que tocava harpa. Após o falecimento de seu marido, em 1913, também dá início a recepções em sua residência de Paris, onde recebia brasileiros, artistas, intelectuais e diplomatas franceses.
Em fevereiro de 1922, D. Olívia morava em Paris, e foi lá que conheceu Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Villa-Lobos entre outros, que viajaram para aquela cidade logo após a Semana de Arte Moderna. No seu retorno a São Paulo em 1923, D. Olívia trazia consigo obras de Picasso, Foujita, Léger, Marie Laurencin, e passou a ocupar posição central no ambiente cultural de São Paulo.
- Portal FAAP
- http://palaceteoliviaguedespenteado.blogspot.com/search?updated-min=2008-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&updated-max=2009-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&max-results=1
- Jornal Brasileiro de Cultura
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Lucio Costa e o Antigo Ministério da Educação e Saúde




Wladimiro Acosta
http://periodicos.uesb.br/index.php/politeia/article/viewFile/563/560
http://www.arcoweb.com.br/artigos/anat-falbel-as-vicissitudes-19-03-2009.html
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Curtume Cantúsio
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Para entender o Ecletismo Arquitetônico
Definição
O termo ecletismo denota a combinação de diferentes estilos históricos em uma única obra sem com isso produzir novo estilo. Tal método baseia-se na convicção de que a beleza ou a perfeição pode ser alcançada mediante a seleção e combinação das melhores qualidades das obras dos grandes mestres. Além disso, pode designar um movimento mais específico relativo a uma corrente arquitetônica do século XIX.
O uso do termo como conceito é introduzido na historiografia da arte no século XVIII pelo teórico alemão Johann Joachim Winckelmann (1717 - 1768) para designar uma espécie de sincretismo consciente identificado na produção de artistas como os Carracci e seus seguidores, em atividade no norte da Itália no fim do século XVI. Seu projeto artístico caracteriza-se pela junção harmônica das excelências de seus predecessores em uma obra singular. Tendo como base as idéias de Winckelmann, o termo passa a ser utilizado sobretudo em sentido pejorativo como sinônimo de falta de personalidade e originalidade. No século XX o conceito de ecletismo perde algo da conotação negativa que o acompanha, e é usado para indicar fases ou fenômenos sincréticos em culturas de diferentes períodos ou regiões. Desde a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) tende-se a admitir o ecletismo como procedimento válido na atividade criativa.
Como movimento artístico, o ecletismo ocorre na arquitetura no século XIX. Por volta de 1840, na França, em reação à hegemonia do estilo greco-romano os arquitetos começam a propor a retomada de outros modelos históricos como, por exemplo, o gótico e o românico. O principal teórico do ecletismo arquitetônico é o francês César Denis Daly (1811 - 1893), que o entende como "o uso livre do passado". Não se trata de uma atitude de simples copista, mas da habilidade de combinar as características superiores desses estilos em construções que satisfaçam a demandas da época por todo tipo de edificação. Na segunda metade do século XIX, o ecletismo tem forte presença na Europa. O estilo Segundo Império ou Napoleão III, na França, é caracterizado pela realização de importantes edifícios ecléticos, como o Teatro Ópera de Paris, projetado por Charles Garnier (1825 - 1898).
O ecletismo arquitetônico difunde-se também pelas Américas, marcando as construções do mundo novo. No Brasil, no período de transição para o século XX, o ecletismo é a corrente dominante na arquitetura e nos planos de reurbanização das grandes cidades, como o realizado no Rio de Janeiro pelo engenheiro Francisco Pereira Passos (1836 - 1913). Prefeito da então capital federal, de 1902 a 1906, Passos empreende a reforma urbanística que derruba antigas construções do período colonial para abrir a moderna avenida Central, atual avenida Rio Branco, e a avenida Beira-Mar, expandindo a cidade em direção à zona sul. Na primeira encontram-se ainda hoje os maiores exemplares da arquitetura eclética no Brasil, como a Escola e Museu Nacional de Belas Artes - MNBA(1908), obra de Adolfo Morales de Los Rios (1858 - 1928), cuja faustosidade e pluralidade de estilos remetem às construções francesas ecléticas, no caso diretamente à fachada do Louvre. O Theatro Municipal, projetado por Francisco de Oliveira Passos e edificado na avenida Central, entre 1903 e 1909, é claramente inspirado no Ópera de Paris e aparece como o maior símbolo do ecletismo no Brasil. Destaca-se também na época a atuação do engenheiro militar Souza Aguiar, responsável pelo projeto da Biblioteca Nacional (1910) na mesma avenida, e de Heitor de Mello, em atividade no Rio de Janeiro de 1898 a 1920, autor de diversos projetos de edifícios públicos e residências particulares, como o Derby Clube (1914) e o prédio da prefeitura (1920), na praça Floriano.
Em São Paulo, cidade muito mais acanhada do que o Rio de Janeiro no fim do século XIX, o primeiro monumento marcante do novo movimento arquitetônico é o Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), projetado pelo arquiteto italiano Tommazio Bezzi e construído entre 1882 e 1885. Em comparação ao estilo desenvolvido no Rio, o ecletismo classicizante paulista assume traços peculiares de influência italiana e mais diversidade de modelos e estilos históricos. No caso da habitação particular, fala-se de um verdadeiro ecletismo desordenado, no qual o exótico e o bizarro tornam-se moda na casa dos novos imigrantes ricos e dos prósperos fazendeiros de café que dominam a recém-construída avenida Paulista (1891). Certo é que a expansão e a modernização da cidade se dão sob o signo do ecletismo, realçando a atuação do engenheiro-arquiteto Ramos de Azevedo (1851 - 1928), responsável por inúmeros prédios públicos, entre eles a Escola Normal Caetano de Campos (1894), na praça da República, o Theatro Municipal (1903 - 1911) e o edifício do Liceu de Artes e Ofícios, atual sede da Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp (1897 - 1900), no bairro da Luz. Quase todas as capitais brasileiras em expansão no início do século XX são atingidas pelo ecletismo arquitetônico, destacando-se a construção do Teatro Amazonas, em Manaus, e o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
"O CONCURSO" | |
A queda do Muro de Berlim, além de todas as consequências já conhecidas e vividas pelos alemães, abriu no campo da arquitetura uma frente de trabalho de grandes proporções e sui generis: a recuperação dos conjuntos residenciais construídos em concreto pré-fabricado dos anos 60 aos anos 80, marca registrada do comunismo soviético. | de vizinhança distintas umas das outras, dar personalidade a cada grupamento de habitantes, no sentido de fixar a população e evitar o êxodo. A escolha do nosso projeto seguiu-se ao debate de três projetos finalistas (com representantes da população, técnicos e engenheiros responsáveis pela construção do bairro, além de representantes do Senado berlinense) e foi definida por um corpo de jurados internacional. Procuramos dar caráter e identidade própria àquele pedaço de Berlim através de um conceito unificador, aglutinando elementos da arquitetura latino-americana e, mais especificamente, brasileira. O grande desafio para os arquitetos, a nosso ver, é introduzir novos elementos, criar novos contextos, trazer a riqueza cultural e espacial sem violentar aquilo que representou o esforço de muitos para resolver um dos mais graves problemas da humanidade: a falta de moradia. Encarar a questão com decisão e delicadeza foi a nossa arma." Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz |

sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Weißenhofsiedlung



domingo, 2 de outubro de 2011
Todos os prédios de Nova Iorque
Se formos na seção maps, dá p clicar nos pontos e ver o desenho dos prédios que ele já fez.
É interessante ver o desenho como arte do ilustrador e a forma como ele faz as devidas diferenciações nas arquiteturas do prédios.
http://allthebuildingsinnewyork.blogspot.com/
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Construtivismo Russo

O Construtivismo Russo teve sua origem na Rússia no ano de 1919 difundida da revolução vermelha decorrida em 1918, foi um vanguarda estética-politica, que misturava o idealismo socialista à pintura e a arquitetura traduzindo a aclamação pelo novo governo em quadros e nas edificações estatais.
O construtivismo nega uma arte pura, e tenta negar que ela é uma criação humana, a nova arte devia ser inspirada nas conquistas do povo operário abrangendo as novidades que as maquinas e a industrialização traziam. Na arquitetura procurava usar formas geométricas puras e cores primárias.
Os arquitetos construtivistas se valiam da idéia de um novo mundo para projetar e refletir no seu projeto os ideais desse mundo novo, sempre servindo ao povo e ao estado. Procuravam projetar coisas úteis, o seu ideal era que a arte e a arquitetura fossem unificadas com a sociedade criando uma nova arquitetura chamada de “arquitetura prática”, que não seria nem superior nem inferias as outras, mas que todas teriam a mesma validade, mas uma característica adotada do socialismo, a igualdade entre as coisas e o seres. A arquitetura devia servir a massa e ao estado enquanto cumpre seu papel, devia ser um modelo social.

No ano de 1920, considerando um dos mais significativo para o movimento, foi formado o primeiro grupo construtivista, que põe a prova toda forma de arte que não seja útil para o movimento e surge o Instituto de Cultura Artística (Inkhuk) e os Ateliês Técnico-artísticos Superiores (Vkutemas), dando o ponta-pé inicial para que o movimento saísse do papel. A principal influencia do movimento foi o futurismo italiano.
Os projetos assumiam a idéia da nova sociedade socialista, enfatizada no fervor revolucionário das massas operarias. A idéia de coletivização predominava, a urgência de adaptação das cidades à nova ordem política dava aos arquitetos uma frente maior e mais espaço para desenvolver a parte mais expressiva do Construtivismo Russo: a edificação. A euforia e motivação para as construções eram grandes.
A arquitetura foi uma das formas mais importantes de comunicação do estado, era uma forma de arte que estava nas ruas ao alcance do povo. Embora muitos projetos nem tenham saído do papel apenas a sua contemplação davam alegria ao povo. Era usada como veiculo de transformação da terra, era usada para regular as estruturas da convivência humana. Foram tomadas medidas como a nacionalização da terra, a expropriação dos grandes edifícios os tornando públicos, o estado usa a arquitetura para mostrar a massa operaria que estava tomando medidas.
Os arquitetos construtivistas se baseiam em diversos estudos e exercícios para iniciar o projeto, testam novos matérias. Partem da analise de maquinas, da composição e complexidade das formas, do estudo entre a harmonia das cores e das linhas, da intersecção dos planos, superfícies e volumes. Analisando o contexto da época vemos que a maquina é a principal fonte de inspiração, ela que motiva a revolução e logo a nova arquitetura do novo estado. Ela integra a criação à reprodução técnica e industrial das formas ou seja possibilita o funcionalismo, um dos principais pilares da arquitetura construtivista.

A cor era um dos principais artifícios da arquitetura construtivista, os arquitetos consideravam que o tratamento dos matérias naturais podia enriquecer as superfícies da obra. As cores deviam combinar não somente entre si mas também com os conceitos arquitetônicos empregados. A composição de diversos materiais como o concreto, o vidro e o aço criavam novas ferramentas para a composição de expressão formais proporcionado à criação de novos ritmos e harmonias. Os arquitetos experimentavam as cores, misturavam-nas, analisavam-nas, novas escalas eram criadas. Chegaram à conclusão que cores como o marrom escuro,o vermelho escuro, o cinza e o preto podem deixar o edifício com um ar de pesado e sujo, enquanto cores como o verde, o amarelo, azul-céu e algumas outras cores claras proporcionam a impressão monumentalidade e de glorificação.

A forma mais simples que encontramos para definir Construtivismo Russo foram os estudos do arquiteto, também russo, Chernikhov. Segundo o estudioso essa vanguarda trata-se da união de corpos dos mais diversos tipos e formas, sejam eles fluidos ou rígidos. A segunda característica é o enroscamento dos corpos, como se fossem oriundos de uma maquina, ou como se fossem peças de uma maquina.Os elementos se juntam sem modificar seus volumes, formando diversas formas.

Imagens: Retiradas do livro Deconstruction Omnibus Volume, pág. 51
Fonte: http://urssconstrutivismo.blogspot.com/
As leis que regiam o construtivismo era dividas em 10:
A primeira lei: as coisas que são unificadas tem que estar na base dos princípios construtivos, sendo imateriais ou não. Elas tem que estar sempre de modo que o cérebro a grave a primeira vista.
Segunda lei: A construção só se torna efetiva quando pode ser racionalmente justificada.
Terceira lei:os elementos tem que estar unidos de modo harmônico, para que possa haver a combinação inteiramente construtiva.
Quarta lei: Os elementos só darão forma à construção se tiverem em conjunto, ou alojados, eles precisam mostrar que estão ativos na união.
Quinta lei: A construção tem que ter um efeito sentido ou seja a apropriação de todas as formas tem que seguir a mesma ideologia e traduzir o sentido da obra.
Sexta lei: Cada nova construção é resultado da investigação humana, e a obra tem que ser inventiva e criativa.
Sétima lei: A construção tem que ser bonita e aperfeiçoada constantemente para que fique como contribuição para as culturas futuras.
Oitava lei: A coesão dos elementos da obra refletem a concordância e a idéia de coletivismo entre a humanidade.
Nona lei:Cada nova idéia construtiva deve seguir fielmente as bases do construtivismo, o idealizador deve ter conhecimento absoluto dos processos pelos quais o projeto irá passar.
Décima lei: Antes de ser executada a obra deve passar pelos critérios anteriores e atingir o desenvolvimento que é necessário e possível.
O arquiteto precisa ter para seu projeto a necessidade de usar as bases e assim firmas a sua obra no partido do construtivismo.

Os principais grupos que fizeram parte do construtivismo foram:
Asnova- Associação de Novos Arquitetos – Surgiu em 1923, procuravam a forma da construção dentro da estética cientifica que traduzissem as aspirações do novo estado.
Vkhutemas - Ateliers Superiores de Arte e Técnica – Surgido em 1920, foi o grupo que mais fez testes e exercícios usando as formas puras, o crescimento e a diminuição da forma dinâmica.
OSA - União de Arquitetos Contemporâneos – Surgiu em 1925, com o socialismo em crise, após a morte de Lênin. Lançaram a primeira revista dedicada à incorporação de métodos científicos a pratica arquitetônica a Sovremennaya Arkhitekutra. Esse grupo foi atacado por um grupo Pro - Stalin conhecido com VOPRA (Associação dos Arquitetos Proletários – URSS), que condenava o grupo por acharem que seus projetos não seguiam as regras do construtivismo.

MAO (Moskovskoe Arjitekturnoe Obshchesvo): Colégio de Arquitetos de Moscou.
Ilia Golosov: . Comissão de Pintura, Escultura e Arquitetura: embasados nas artes de esquerda, usavam a iconografia simbólica que expressava os novos programas.
Principais arquitetos:
Zodchij,Ivan Fomin,Boris Koroliov,Alexandr Rodchenko,Alexandr Vesnin,Iakov Chernijov, Moiséi Iakovlevich,Ivan Leonidov,El Lissitzky,Konstantin Melnikov,Alexandr Rodchenko,Vladímir Tatlin,Alexandr Vesnin.
Apos a crise do socialismo e a morte e Lênin, em 1931 Stalin assume o governo e começa a perseguir os construtivistas, com acusações de inventarem uma forma de arte e arquitetura sem propósito, com a intenção de acabar com as idéias da revolução, de ir contra o moderno e preservar o clássico. Após o começo da Guerra Fria Stalin começou um processo de apagamento das origens e diretrizes do construtivismo, pois o ditador achava que além do clássico elas remetiam ao ocidente também. O construtivismo Deixou raízes e serviu de influencia para as vanguardas que surgiriam posteriormente como a Bauhaus alemã e o neoplasticismo holandês.

Principais Obras:
Monumento à III Internacional: Construída por Tatlin, é uma gigante espiral de aço constituída por três cômodos de formas diferentes: uma forma cilíndrica, uma pirâmide e uma forma cúbica envidraçados e informativos. Eles giram entre si em tempos diferentes, o cilindro demora um dia para a rotação completa, a pirâmide um mês e o cubo um ano.


Torre de radio em Moscou: de Vladimir Shujov, foi projetada para ter 150 metros de altura e era feita de cinco hipérboles superpostas. A estrutura poderia se executada sem a necessidade de andaimes. Essa torre era associada à beleza e expressividade do monumento de Tatlin.


terça-feira, 20 de setembro de 2011
Arquitectura e visão do individuo : as visões de Mackintosh e Le Corbusier
Desculpem, o artigo esta em ingles, mas acho que vale a pena fazer o esforço de ler se você tem interesse no enlace entre arquitectura e sociologia. Vocês podem ler o artigo completo aqui. Algumas citações, por fim...
" The architecture and, to some extent, explicit beliefs of Le Corbusier seem to embody the assumption of homo clausu.s. Le Corbusier is perhaps best known for his design of the apartment building. Unite d'Habitation (built 1949-52, Marseille) which has become his trademark. Built from concrete and comprising twelve floors of self-contained apartments alongside amenities such as a laundry, children's nursery and shops, this apartment block conveys Le Corbusier's assumption that the individual is the starting point of knowledge. Social interaction functions as a means to an end (such as shopping simply to purchase food) rather than as a social activity which has the potential to inform and influence our and others' identities. The homo clausus that Le Corbusier conceived to fill these modular, concrete apartments is a prominent figure in his work."
" In contrast to homo clausus, Elias offers an alternative notion, homines aperti - 'open people', which represents the recognition that human beings are interdependent with other human beings from the moment of birth, and that they are formed in mind and body through that social interdependence. By their very nature, they always need other people. Social interaction is, therefore, the key to the development and understanding of the individual as was stressed, before Elias, by the symbolic interactionist tradition from Mead to Goffman. Mackintosh's architectural practice seems to represent this way of thinking. Although he never explicitly outlines a theory of the individual, his work seems to betray a belief in the person as a fluid and changing subject who is influenced by others and in tum influences them and his work encourages and celebrates social interaction. As a consequence, his interiors seem at onee more itituitive, more conducive to social interaction and more tactile than Le Corbusier's social and domestic spaces. Le Corbusier and Mackintosh's work cannot of course be viewed in isolation from the socio-economic, historical and cultural context in which they were coticeived. Le Corbusier was influenced by the post-war need for housing and he formulated his design philosophy on his enthusiasm for new technologies and a desire to use these technologies as a way of standardising architecture. "
" The International Style sought to develop a prototype 'living unit' which could be adopted all over the world regardless of local conditions or building techniques. Le Corbusier famously termed this living unit, 'a machine for living in". Breaking with the past allowed the freedom to invent a new modem lifestyle. The 'machine for living in" was functional, hygienic and efficient in its use of space and building materials. Being based on mathematical proportions, it could also he easily adapted to suit any number of inhabitants. "
" The Chartreuse D'Ema was seen by him as, 'heaven on earth [where he] should like to spend thewhole of [his] life ... in what they call ... cells; it is the solution to the housing problem' (Tzonis, 2001:21). The isolated, meditative individual that is coneeived to inhabit these cells reminds us of Elias's homo clauses and his comments on the Cartesian self Harvey observes that social interaction is seen as superfluous to the formation of the self one of the main goals of Descartes's philosophical efforts was to detach knowledge and the self from the webs of relationships and interaction that make up most of a normal person's life ... this looks like a declaration of independence; everyone has the opportunity to write his own life story without interference from other people or cultural and social obstacles. (Harvey, 2005) "
" Although Le Corbusier's dedication to purism seems to suggest that nothing, not even the inhabitants of his buildings, should transgress upon his design, his motivation seems to be driven by a strict aesthetic belief rather than an extreme political ideology. This aesthetic does, though, have a detrimental effect on any humanitarian motivation that he may have had. Unlike Mackintosh, who manages to capture the personality and lifestyle of the inhabitant in his commissions, Le Corbusier's admiration of technology makes him rigid in his intended use for his buildings and he is reluctant to hand over any ownership to the inhabitants. "
" Le Corbusier's designing style and we can speculate that the design of interiors ties in with his desire to create a modem man. Mackintosh's designs, in contrast, seem to respect and encourage individuals and social groups to use their space in accordance with their own needs, taste and lifestyle. "
" So what are the practical consequences of buildings for the people within them and for wider society? And should architects bear in mind some notion of responsibility when conceiving their designs? Although these questions contribute to a mueh wider debate than can be covered here, it does seem, that when designs can have such a far-reaching effect on society as demonstrated and well documented by failed housing projects, it would be both unrealistic and irresponsible for architects
not to take needs of users into account. Spiro Kostoff (2005) has remarked that one failure of the Modem Movement of the early twentieth century was just this - to avoid consulting users of housing. He points out that it was the architect who was deemed qualified to make these decisions. It is interesting to note that the architect of the twentieth century is perceived as being justified in making
decisions on behalf of the masses because of an assumed higher intellect. Le Corbusier certainly fits into this powerful role, viewing his designs as instruments of his intelligent vision for a more ordered and effective society. "
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Le Corbusier no Brasil.
Em São Paulo, acabou tento contato com arquitetos que já praticavam o ‘moderno’, como Gregorio Warchavchik, que acabara de construir a primeira ‘casa modernista”, mas também Rino Levi e Flávio de Carvalho.
Em São Paulo, se ateve a observar e descrever os problemas de circulação :
''Ao desembarcar (...) em São Paulo e vendo na parede do gabinete do Prefeito essa imagem de ruas emaranhadas, que algumas vezes passam umas sobre as outras e medindo o imenso diâmetro da cidade, pude declarar: ' Os senhores enfrentam uma crise de circulação, não é possível fazer escoar rapidamente o trânsito numa cidade que tem 45 quilômetros de diâmetro, cujas ruas mais parecem dédalos e estão sempre entupidas'.''
Foi no Rio de Janeiro que Le Corbusier obteve uma presença mais atuante, concebeu um plano de ocupação urbana para a cidade, conciliando o traçado geográficos da Cidade Maravilhosa junto com os meios de circulação dos automóveis, projetando assim, um grupo de auto-estradas que contornariam todos os acidentes geográficos da cidade desde o Pão de Açúcar até Niterói.

''Aqui, urbanizar é o mesmo que pretender encher o tonel das Danaides! Tudo seria absorvido por esta paisagem violenta e sublime. Ao homem só resta inclinar-se e explorar hotéis de turismo. Rio? É uma cidade de vilegiatura.''
A segunda vez que veio para o Brasil, foi em 1936, quando foi convidado por Gustavo Capanema Filho para ministrar um curso de dois ou três meses na Escola de Belas-Artes e dar consultoria para o projeto do Ministério da Educação e Saúde, para um grupo de arquitetos que tentavam incorporar os preceitos racionais de Le Corbusier, como o uso de pilotis, quebra-sóis nas fachadas mais ensolaradas entre outros. Durante sua estada de cinco semanas, Le Corbusier, orientou os arquitetos brasileiros, entre eles, a Lúcio Costa, Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira, Ernani Vasconcelos e o então pouco conhecido Oscar Niemeyer duas series de planos para a sede do ministério e produziu um plano para a cidade universitária do Rio de Janeiro.
Além do projeto do Ministério, também tem influencias sobre o Projetos de Affonso Eduardo Reidy para o Pedregulho, em 1947, e os de Jorge Moreira para a Cidade Universitária, em 1949.
Após a viagem de 1936, Le Corbusier foi convidado para trabalhar no projeto das Nações Unidas (1947), junto com arquitetos brasileiros, reencontrando Oscar Niemeyer.
Le Corbusier chegou a ser consultado sobre uma possível participação na construção de Brasília, entretanto, foi impedido pela Ordem dos Arquitetos Franceses de participar da construção. Apesar de não poder participar pessoalmente na elaboração da capital, Lucio Costa e Niemeyer esboçaram um plano urbanístico e projetaram edifícios que levavam as idéias de Le Corbusier.
Em 1962,fez sua terceira e ultima viagem ao Brasil, e escreve na seguinte carta, sua ultima impressão do país e de Brasília, quando viu finalizada.
"Brasília esta construída. Eu vi a nova cidade. É grandiosa em sua invenção, coragem e otimismo; ela nos fala desde o coração. É obra de dois grandes amigos e, através dos anos, companheiros de luta: Lucio Costa e Oscar Niemeyer. No mundo moderno Brasília é única. No Rio há o Ministério da Educação e Saúde Pública (1936-1945). Há as obras de Reidy. Há o monumento aos que tombaram na grande guerra. Há muitos outros testemunhos. Minha voz é a de quem viaja através do mundo e da vida. Permitam-me amigos do Brasil, dizer-lhes muito obrigado!" - Ouevre Complète
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Charlotte Perriand [2]
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/08.089/3040
Obra póstuma de FLW
Um comprido edifício assemelha-se a um iate, ancorado junto ao maciço rochoso de uma ilha no lago Mahopac, em Nova Iorque, silhueta projectada sobre as águas em longas linhas horizontais; betão, vidro, pedra e cobre formam uma estranha amálgama com a paisagem natural. Assim é a casa Massaro, concluída em 2005 e projectada pelo famoso arquitecto americano Frank Lloyd Wright há mais de 50 anos.
Quando Joe e Barbara Massaro adquiriram o terreno há uns anos atrás verificaram existia um projecto para aquele local destinado ao anterior proprietário que Wright havia feito em 1950. O projecto era parco em informações: apenas alguns desenhos a lápis, entre os quais se incluiam uma planta, um corte e as fachadas; nenhuma indicação construtiva, nenhum pormenor. No entanto, o pouco que viram chegou para os impressionar e convencer a levar a cabo a tarefa irreal de construir a sua casa de acordo com o projecto do mestre.
Para o efeito contrataram o arquitecto Thomas A. Heinz que durante anos estudou e foi responsável por diversas restaurações de obras de Wright e que, a partir dos escassos elementos disponíveis, produziu um projecto completo tanto quanto possível fiel à ideia original. No fundo trata-se de uma variação dos conceitos que presidiram às Usonian Houses e à celebérrima Falling Water, cujas semelhanças são por demais evidentes.
Independentemente das qualidades intrínsecas da casa agora construída e da lição de História que esta "viagem no tempo" proporciona, há outras questões importantes que devem ser lembradas. A mais evidente é a do sentido que faz construir no tempo presente um projecto concebido há 55 anos para um contexto totalmente diferente. É como se, estabelecendo uma perspectiva radical, se construísse agora um templo grego... Só assim se percebe porque é que em vez de uma obra deslumbrante e inovadora como eram invariavelmente as obras de Wright o resultado final pareça patético e anacrónico.
Wright não daria o seu acordo, por certo. Esperemos que não esteja a revolver-se no túmulo...
Fonte:http://obviousmag.org/archives/2007/10/massaro_house_o.html#ixzz1Y8g75jW8
Outubro, de Sergei Einsenstein
Outubro, de Sergei Einsenstein, filme de 1927.
Enjoy!!
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Charlotte Perriand
Dois, aliás:
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/04.043/3557
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Mulheres na Bauhaus

sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Influência de Wright no Brasil: Casa Rio Branco Paranhos

Mies na Werkbund

Fachada da habitação

Fachada para o Jardim
Em 1925, A Werkbund Alemã, apoiada pela cidade de Estugarda, começou a planejar uma exposição de construção moderna. Mies foi incumbido da direção artística de toda a exposição. A sua primeira tarefa foi o projeto de uma nova urbanização para habitação, concebida como uma série de edifícios baixos, de forma cúbica, envolvendo e arranjando em socalcos a colina na qual deveriam ser construídos. Um primeiro modelo de barro do esquema mostra uma composição orgânica de pequenos edifícios, separados por terraços comuns. Apesar de muitas revisões, a urbanização apresentada ao público em 1927 como Weissenhofsiedlung conservou muito do projeto original. Devido à pura forma geométrica, às coberturas planas e ao aspecto geral branco, os adversários ridicularizaram-na chamando-lhe “Cidade árabe” e “Quartéis Bolchevistas”.

Planta da Unidade
Mies também compilou a lista de arquitetos convidados a participar no projeto, entre eles representantes internacionais do Neue Bauen, como Walter Gropius, os irmãos Taut, Le Corbusier, Mart Stam e J.J.P. Oud, Hans Scharoun, Ludwig Hilberseimer, Josef Frank e, como convidados de honra, precursores da época moderna, Hans Poelzig e Peter Behrens. O bloco de apartamentos de Mies era o edifício mais proeminente da urbanização, localizado na parte mais alta da colina. Na construção do bloco, comprido e estreito, foi utilizada uma estrutura em aço, independente das paredes divisórias interiores. Cada unidade podia dividir-se em vários tamanhos e as divisórias podiam ser acrescentadas ou retiradas. As paredes foram construídas com blocos de cimento. Entre outras peças concebidas por Mies para um dos apartamentos-modelo, a célebre cadeira “cantilever” tornar-se-ia um clássico do moderno design de mobiliário.

Cadeira MR

Vista interna da habitação
Uma das componentes separadas da exposição da Werkbund – a Exposição de Materiais – teve lugar no centro da cidade e expôs acessórios modernos e mobiliário, assim como eletrodomésticos. Entre várias exposições individuais, projetadas com a colaboradora Lilly Reich, a Sala de Vidro de Mies foi talvez a mais surpreendente. Numa instalação residencial que incluía o foyer de entrada, o jardim de Inverno, a sala de estar, o estúdio e a biblioteca, foi colocado mobiliário simples e convencional encostado às paredes divisórias de vidro colorido a toda a altura – uma novidade. O teto de tecido esticado era iluminado por cima, produzindo um campo luminoso sobre o conjunto. Um elemento adicional era constituído por um compartimento de vidro que continha uma escultura da autoria de Wilhelm Lehmbruck. A combinação de elementos habituais e pouco habituais sugere a concepção de Mies e Reich da promessa de uma nova arquitetura: a combinação de novos matérias, de novas técnicas de construção e de necessidades tradicionais.
Embora a exposição da Werkbund tivesse durado apenas três meses, chamou a atenção de meio milhão de visitantes de todo o mundo e preparou o caminho para a entrada de Mies na cena internacional, como administrador e como pioneiro e teórico da arquitetura vanguardista. A exposição também alimentou os protestos da direita que se tornariam cada vez mais militantes nos anos seguintes.

Esboço a lápis da propriedade

Vista da propriedade